Em meio a uma investigação sobre pirataria, a Microsoft descobriu algo preocupante: computadores não só saem de fábrica com cópias falsificadas do Windows como, também, com vírus.
Pesquisadores
da companhia encontraram o problema na China ao comprarem 20 máquinas
novas em varejistas diferentes. Todas elas tinham versões piratas do
sistema operacional e quatro delas vieram com vírus.
Um desses vírus, chamado Nitol, já foi visto também nos Estados Unidos, Rússia, Austrália e Alemanha, segundo o The Guardian. Todos esses computadores se tornam parte de uma botnet.
O caso foi revelado pela Microsoft
na quinta-feira, 13, em uma corte federal em Virgínia, onde a companhia
encabeça uma batalha contra o empresário chinês Peng Yong, dono de um
domínio considerado como responsável pela maior central de atividades
ilegais na internet, o 3322.org. Há mais de 500 tipos de malwares por
lá.
A empresa foi à Justiça explicar a ligação entre Yong e o
vírus, descoberta em uma investigação sobre pirataria iniciada em agosto
de 2011 - foi quando as 20 máquinas foram compradas. Dentre todos os
problemas, o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi a atividade
do Nitol, que já veio ativo em um dos PCs.
"Assim que ligamos
este computador, por sua conta própria e sem qualquer intervenção nossa,
ele começou a pesquisar na internet, tentando se conectar com um
computador desconhecido", contou em um documento Patrick Stratton, um
gerente sênior da Microsoft para crimes digitais.
Ele
e um colega perceberam que o Nitol é altamente contagioso: ao conectar
um pendrive à máquina infectada, ele automaticamente foi contaminado e,
quando ligado a outro PC, ele passou o vírus adiante.
Milhares de
exemplos do vírus foram examinados, com diversas variáveis, e em todos
os casos havia ligação com servidores associados ao 3322.org. Em 2008, a
Kaspersky afirmou que 40% de todos os malwers do mundo tinham alguma
relação com o domínio; no ano seguinte, a Zscaler reportou que a taxa
era de 17%.
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